New Retail: Tudo sobre o novo varejo

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Pagar sem cartão? Ir nas lojas e não sair com nenhuma sacola na mão? Esse é o novo modelo de negócio que tem encantado os varejistas.

A tecnologia é o pivô da maior parte das evoluções que ocorrem no mundo. Os diversos segmentos de negócio não ficaram de fora.

Um belo exemplo do impacto dessas mudanças é a China, onde o fundador do Alibaba, Jack Ma, tem extraído o máximo de seu potencial.

Além desse fator Jack Ma também tem criado tendências, como o conceito de New Retail.

Aqui no Brasil o conceito é conhecido por “Novo varejo“, que é sua tradução literal. Nesse modelo o consumidor passa a ser o centro do negócio.

New Retail tem ganhado espaço no nosso país, trazendo novos desafios e despertando interesse dos varejistas.

O novo varejo não é só O2O

O conceito de New Retail está sendo difundido como o futuro do varejo. Esse termo está diretamente conectado à chegada das soluções tecnológicas inovadoras.

Dessa maneira além da união dos ambientes online e físicos (O2O) é possível oferecer também uma experiência personalizada para cada cliente.

De acordo com Ma, “O New Retail não é somente O2O, mas a combinação perfeita entre logística, sistemas de pagamento, blockchain e políticas”.

O novo varejo não pretende excluir o offline nem tornar o online o centro das atenções e sim interpretar os dados e desenhar um modelo para atender o comportamento, interesses e necessidades do seu público.

New Retail no Brasil

Um dos casos de sucesso de empresas aqui no Brasil é o da Amaro. Ela tem adotado um modelo completamente inovador no segmento de vendas de roupas.

Suas lojas na realidade foram transformadas em guide shops e os clientes que vão fazer as compras presencialmente se deparam com uma surpresa: não tem como sair de lá com sacola.

O modelo de negócio da Amaro transformou a experiência do usuário. Quem vai ao guide consegue experimentar as roupas que deseja, mas não sai com o produto da loja.

As vendas são finalizadas online pelas vendedoras da Amaro ou pelos próprios clientes, que recebem o produto no próximo dia no conforto da sua casa.

Ou seja, o new retailestá sendo aplicado com maestria, uma vez que atendem os interesses e necessidades do público, além de compreender o comportamento de compra.

Além da Amaro podemos citar o iFood e Rappi, que tem um modelo de negócio bem parecido com um dos empreendimentos do Frank Ma.

Ainda que em seu estágio inicial no Brasil o new retail está tornando-se tendência e tem tudo para dominar os varejos.

Desafios do novo varejo no Brasil

Um dos desafios é a adaptação à cultura, desbancarização e infraestrutura.

Infraestrutura

Na China, um fator que favoreceu bastante a disseminação do new retail foi o acesso a tecnologia de ponta e com baixo custo.

Apesar do Brasil ser um país com mais de 120 milhões de usuários com acesso a internet (59%), esse número ainda está abaixo da média de 67% das outras nações avaliadas no estudo feito pela Software Alliance (BSA).

Ale? desse fato, a velocidade média de conexão é muito abaixo dos níveis internacionais 11 mbps contra 5 mpbs do Brasil.

Desbancarização

No Brasil um estudo recente do IBGE revelou que 60 milhões de pessoas não possuem conta em banco, o que representa quase metade da população economicamente ativa do país.

Explicando o crescimento das e-wallets (carteiras digitais), que proporcionam serviços financeiros dissociados de instituições financeiras.

Carteiras digitais com Apple Pay, Samsung Pay Google Pay são ótimos exemplos do início da evolução no Brasil.

Cultura

Novas tecnologias e metodologias sempre passam por um processo de “reculturalização”, que pode ou não demorar, assim como pode também não acontecer.

Sendo novo no Brasil, e até mesmo na China, estamos passando por esse processo de adaptação, por isso existem poucas lojas varejistas que já aderiram.

Caminhos a percorrer

Ainda existem muitos caminhos que o new retail precisa percorrer para ser consolidado no Brasil. O próximo avanço necessário está relacionado com análise de dados com foco no desenvolvimento de uma jornada mais completa e personalizada.

As empresas estão cada vez mais focadas no uso dos dados para desenvolver comunicações mais personalizadas, já sendo possível reparar uso de sistemas CRM (gestão de relacionamento com o cliente) e preocupação com um atendimento melhor.

Já no ramo do pagamento, conseguimos observar o surgimento das e-wallets, que mesmo bancarizadas já apresentam uma facilidade maior. Temos também gateways de pagamento como o cel_cash, que facilitam e muito a gestão financeira das empresas.

São inúmeras oportunidades de crescimento que são observadas pelos varejistas e utilizadas pelos espertos, não fique de fora dessa.

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